Live-Action de Terror

 

Qual o segredo para se fazer um
live de Terror?

Continuando o background especial "O que é Live-Action", a Confraria das Idéias prepara uma série de matérias especiais dando dicas para montagem de diversos temas para Live-Action. Neste background você encontrará preciosas dicas para a criação de Live-Actions de Terror, um dos temas mais apressiados e difíceis de se fazer.

 

Alguns elementos óbvios são os primeiros a serem analisados: história e ambientação (cenário). Mas criar um live-action de terror é um processo um pouco mais trabalhoso do que apenas ter uma boa idéia e um local interessante.

História e Background
A história deve ser muito coerente e o trabalho de "background" é primordial. Diferentemente que em lives de aventura, onde a diversão está principalmente nos obstáculos que surgem durante o jogo, em um live de terror o ponto alto do clímax é conseguido através de um trabalho de preparação psicológica anterior muito forte. Todo o suspense e tensão são criados através de uma história bem forte e planejada, e os elementos que surgem durante o jogo apenas contribuem para trazer à tona os sentimentos e surpresas já preparadas nas fichas dos personagens. Aproveite bem o background dos jogadores para introduzi-los no clima do jogo e fundamentar a história, mas para que tudo realmente funcione, cuide com "carinho" das histórias e interligações de todas as personagens.

"Arrase" no Cenário
A ambientação pode ser feita com coisas simples (sempre tome muito cuidado com velas, experimente colocá-las em potes de vidro como item de segurança e evitar incêndios). Um local bem escolhido, decorado e arranjado tal como o background da história pré-anunciou aos jogadores cria um portal perfeito, que transporta o jogador para o universo imaginado e com o clima pretendido.

Procure evitar "OFFs"
Toda paralisação no jogo será prejudicial a ele. Porém em um jogo de terror essas paralisações são ainda piores, seja para discutir alguma regra, algum conceito ou dúvida em algum fato, elas apenas contribuem para que o jogo perca o clímax e ainda faz com que jogadores mais tímidos não consigam se soltar e interpretar adequadamente.

Se preocupe mais com a sua História e Intenção do que com Sistemas de Regras
Existem inúmeros sistemas de regras para live-actions. As preferências variam, mas nós aconselhamos à usar sistemas que sejam simples e privilegiem a interpretação, pois em lives de terror vale muito mais as ações "sociais" (conversar, blefar, mediar, etc...) do que as ações "físicas" (chutar, correr, pular, etc...).

Tenha uma equipe de Organização/Narradores/NPCs sintonizada com a história
Uma boa história de terror precisa de cenas, narradores intercedendo na condução da história com perfeição, NPCs infiltrados no grupo dos jogadores para criarem tensão e, ainda, alguns "efeitos especiais" realizados pela equipe de organização para atemorizar ainda mais as personagens do jogo.

Alguns efeitos especiais
Com um bom planejamento você pode vir a utilizar alguns artifícios para aumentar o clima e inserir elementos da história no contexto real do jogo (exemplo: o que adianta escrever que a casa em que o jogo irá acontecer possui sons e ruídos estranhos se durante a partida nenhum jogador ouvir nada???). Mas tome muito cuidado, teste tudo antes e não faça nada sem a supervisão e consentimento de alguém que já tenha feito algo semelhante, pois além de evitar tragédias, você evitará também o constrangimento de ter alguma coisa importante para a condução do live não funcionar.
Eis alguns métodos e exemplos que podem ser utilizados e fabricados facilmente:

O uso da realidade
Traçar paralelos com temas históricos, lendas e situações do cotidiano ajudam na criação da história do live, pois o terror se forma principalmente da incompreensão do ser humano à situações e sensações inusitadas, que fogem

Cuidado com o Tema de sua história
Uma história de terror não precisa ser "pesada" para divertir e assustar. Cuidado com o que escrever e lembre-se: as coisas mais simples são as mais fáceis de executar e de serem assimiladas e aceitas. O terror não precisa do anticristo, de assassinos quase realistas ou de traumas reais das pessoas para se sustentar. A Confraria das Idéias evita elementos desnecessários que possam ofender as pessoas. Não é uma autocensura e sim uma questão de bom senso. E as melhores histórias são aquelas que assustam um bocado, mas que no final das contas, diverte a todos, não só a organização do jogo.


 

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